Este restaurante foi inaugurado no dia 31 de
dezembro de 1949, no edifício do antigo “Retiro da Ti Jaquina”, completamente
remodelado, com várias salas para banquetes e uma aprazível esplanada.
Ficava
situado no “Casal do Olival Basto”, como era designado na época este lugar, ao
1.º quilómetro da estrada de Loures, junto à ponte sobre o rio. Tinha uma sucursal na Feira
Popular de Lisboa, na Avenida Mandarim, frente ao lago, com diversos pratos regionais e
os apreciados franguinhos no espeto.
Uma das proprietárias deste restaurante foi a
fadista Lina Maria Alves, irmã da atriz Laura Alves.
Os novos proprietários do “Retiro da Ti
Jaquina” pretendiam manter as tradições do passado, numa casa de pasto, onde se
serviam banquetes e se cantava o fado todas as noites até ser madrugada. Também havia música para dançar, com a orquestra privativa ”Vida Nova”.
(1950) Diário de Lisboa, nº 10059, Ano 30, 30 de Novembro, Fundo Documentos Ruella Ramos,
Arquivo Fundação Mário Soares
Alguns
fadistas conceituados iniciaram aqui as suas carreiras.
A 14 de
dezembro de 1950 estrearam-se neste restaurante Mariana Silva, conhecida como "a
miúda do Alto do Pina" e Alfredo Duarte Júnior, filho do consagrado fadista
Alfredo Marceneiro.
Em maio de 1952 o elenco artístico era composto
pelos artistas privativos: Lina Maria, José da Cruz e Isaura Gonçalves.
Fernanda Maria empregou-se neste restaurante para
servir às mesas e aqui começou a cantar o fado. Em 1953, com 16 anos já fazia
parte do grupo dos fadistas.
Cantaram também neste restaurante outros fadistas conhecidos: Manuel
Fernandes, Adelaide Cardoso “A miúda de Alfama”, Maria da Saudade, Maria da
Conceição.
Também tocaram aqui excelentes músicos acompanhantes de fado: António Bessa, José Marques, Nicolau Neves, João Vieira, Carlos Neves, Américo Silva, Acácio
Rocha e José Fontes Rocha.
Pela gerência e direção artística passaram também fadistas conceituados fadistas: Manuel Fernandes (1950), Lina Maria (1952), Luís Filipe (1.º semestre de 1956) Moniz Trindade (2.º semestre de 1956) e Mário Paninho (1957).
Pela gerência e direção artística passaram também fadistas conceituados fadistas: Manuel Fernandes (1950), Lina Maria (1952), Luís Filipe (1.º semestre de 1956) Moniz Trindade (2.º semestre de 1956) e Mário Paninho (1957).
A ementa
deste restaurante era constituída por pratos regionais dos quais se destacam: o Franguinho
assado no espeto, o cabrito no forno e o coelho à caçadora.
Esta era a imagem do edifício do Restaurante "o Patrício", já num estado bastante degradado, no final dos anos sessenta do século XX.
Fotografia de João Goulart, 1968, Arquivo Municipal de Lisboa
Ao fundo da antiga estrada Lisboa Loures, à saída do Olival Basto
Fotografia de João Hermes Cordeiro Goulart, 1969, Arquivo Municipal de Lisboa
Fotografia de João Hermes Cordeiro Goulart, 1969, Arquivo Municipal de Lisboa