quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Janus - O Senhor das Portas



Janus é um deus de origem pré-latina, muito cultuado pelos romanos. É representado com duas faces, que olham em direções opostas, simbolizando o passado e o futuro.
Foi em sua homenagem que o mês de janeiro recebeu este nome, o "mês de Janus". 
Sendo o primeiro mês do ano, contem ainda um pouco do passado e a promessa do futuro, sempre renovada no início de cada ano, que abre um novo ciclo de atividades.
A mitologia conta que Janus era um homem mortal, que teria nascido em Tessália, situada na Grécia e que teria viajado para Lácio (Lázio), na região da Itália central, onde casou com a rainha, dividindo assim o reino.
Após a morte da rainha, Janus passou a governar, sozinho, todo o território.
Durante o seu reinado, implementou muitas mudanças, promovendo o desenvolvimento científico, a criação de leis, o aperfeiçoamento do cultivo das terras, e introduzindo o cunho das primeiras moedas de bronze, estabelecendo em Lácio,  um período de paz e de grande prosperidade.
Na morte, Janus adquiriu o estatuto de divindade, devido à sua vida dedicada às transformações, como símbolo da dualidade de um homem grego que se fez deus. 
Ficou conhecido como o deus dos inícios, das decisões e por isso também foi considerado o deus das mudanças e das transições entre o passado e o futuro.
Era o porteiro celestial, o Senhor das Portas e dos Portais, responsável por abrir as portas para o "ano-novo".
E todas as portas se abrem e se fecham, e permitem a passagem, nos dois sentidos.
É preciso fazer escolhas e ousar a passagem.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Origem de Olival Basto


Apesar de existirem alguns escritos sobre a localidade de Olival Basto no Concelho de Odivelas, até à data não se sabe bem qual é a origem desta localidade.

No site da União das freguesias de Olival Basto e Póvoa de Santo Adrião Lê-se o seguinte:
«A Freguesia de Olival Basto começou por ser um simples lugar da Freguesia de Loures e era constituído essencialmente por um pequeno aglomerado de casas à beira da estrada ao fundo da Calçada de Carriche, aglomerado esse denominado: Vila Carinhas, Vila Amália, tendo já desaparecido Vila Cesteiro e Casal da Mota.

Era o primeiro aglomerado populacional com que o forasteiro se deparava ao sair de Lisboa, a caminho de Loures, Malveira, Mafra e Torres Vedras.

Várzeas e terras férteis, com olivais nas colinas, outrora coroados de moinhos de vento, ainda em 1822, era navegável o afluente do Rio Trancão que a atravessava, e que agora é conhecido como Ribeira de Odivelas.

Era nessa época, que vinham de todos os lados homens e mulheres para a apanha da azeitona, aos quais na época lhes davam o nome de malteses.

Foi nas décadas de 30, 40, 50 e 60 do século XX, que começaram a formar-se os núcleos de habitação social, que veio a provocar arranque para aquilo que é hoje o Olival Basto, Quinta da Várzea, Quinta da Serra e Cassapia.»

http://www.uf-povoaolival.pt/a-freguesia/historia.html

No site da Camara Municipal de Odivelas lê-se o seguinte:

«Em 1822 caracterizava-se por várzeas e terras férteis, com olivais - que poderão estar na origem do seu topónimo -, e que atraíram populações oriundas de outros pontos do país - os "malteses", para a apanha da azeitona.
As primeiras décadas do Século XX, são marcadas por um grande desenvolvimento em termos de ocupação de espaço, devido à sua localização geográfica. Nascem nesta altura os primeiros núcleos de habitação social. Este fenómeno origina as vilas e os pátios, dos quais alguns ainda hoje subsistem.
Este território já pertenceu a Loures, Ameixoeira e Póvoa de Santo Adrião.
Em 2013, por força da Reforma administrativa do Poder Local, esta Freguesia foi agregada à da Póvoa de Santo Adrião, passando a designar-se por União das Freguesias da Póvoa de Santo Adrião e de Olival Basto.
É uma das portas de entrada do Concelho de Odivelas.»


O nome deste lugar encontra-se já em registos do início do séc. XIX:



sábado, 6 de fevereiro de 2016

“RETIRO” Restaurante Boite 1958-1960

O RETIRO” Restaurante, Boite, Dancing, foi inaugurado no dia 25 de outubro de 1958, no mesmo edifício onde tinha funcionado o Restaurante "O Patrício". Ficava situado ao 1.º Km da estrada de Loures, à saída de Olival Basto.

Na direção deste restaurante estava o cantor tenor Raul Proença, com um vasto programa de atrações nacionais e estrangeiras, danças regionais e fados e guitarras e música para dançar  com a Orquestra de Almeida Cruz "A Boémia". 

Era um espaço de diversão classificado para adultos (maiores de 17 anos), aberto durante toda a noite.

Às 5 horas da madrugada havia churros e chocolate à “La Española”. Os churros eram uma oferta do Retiro.

Neste restaurante cantavam os fadistas António Pires (fadista e letrista) Cecília de Jesus, Isaura Gonçalves acompanhados pelos músicos Daniel Freitas e Miguel Silva. havia também bailarinas e cançonetistas espanholas e o conjunto musical Victor Bonjpour.


(1960) Diário de Lisboa, N.º 13384, Ano 39,14 de Março de 1960, Fundo Documentos Ruella Ramos,
Arquivo Fundação Mário Soares

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Restaurante Roseiral (1958-1965?)

O Restaurante "Roseiral" instalado num moderno edifício construído nos finais dos anos cinquenta do século XX, ficava situado na antiga estrada de Lisboa Loures, à saída do Olival Basto, próximo da ponte sobre o rio que conduz à Póvoa de Santo Adrião.
Era um restaurante moderno com "Sistema Americano", onde se falava francês e inglês.
Servia banquetes de baptizados, casamentos e aniversários. E também havia fados e guitarradas.

Fotografia de Artur João Goulart, 1962, Arquivo Municipal de Lisboa


Curiosamente, por volta de 1966,  no mesmo edifício foi instalado o "Externato Caravela de Portugal".


Fotografia de João Hermes Cordeiro Goulart, 1968, Arquivo Municipal de Lisboa

Este edifício ficou bastante danificado com as grandes inundações de 25 de novembro de 1967, que atingiram a região de Lisboa, mas resistiu à intempérie e foi recuperado.


Actualmente é a sede da "União Desportiva do Olival Basto".

Fotografia de Filomena Viegas, 9-3-2016