sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O FADO FORA DE PORTAS EM CARRICHE

No século XIX os Lisboetas tinham por hábito sair da cidade e ir fora de portas às hortas, às esperas de touros e aos retiros onde havia fado e guitarradas, pela noite fora.

Esta tradição perdeu-se com o passar do tempo, mas foi retomada no final dos anos quarenta do século XX, quando começaram a surgir vários retiros do fado nas portas de Carriche. 

Primeiro surgiu o Nova Sintra, depois o Solar de Alfredo Marceneiro, o Restaurante típico O Patrício, o Solar Tradição, Os Lobos-do-Mar, o Roseiral e outros menos conhecidos.

Hoje passados cerca de sessenta e cinco anos, já são poucos os que se lembram destas casas de fado e ainda menos os que sabem onde ficavam.

A paisagem mudou muito. Os edifícios degradaram-se com o passar do tempo e acabaram por ser demolidos. A velha aldeola de Carriche, às portas da cidade de Lisboa, como zona de fronteira aduaneira, perdeu esta função de suporte logístico e foi desaparecendo com a construção de novas estradas.

Por isso, fiquei fascinada por Carriche e resolvi partir à descoberta das memórias das velhas casas de fado que por aqui existiram.




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